Percorrendo Bolívia-Chile-Peru de Motocicleta: Sucre (BO) a Potosi (BO)

Saimos de Sucre na parte da manhã para Potosi por uma estrada asfaltada e sinuosa de 160 Km. Subimos de 2.400 para 4.000 metros de altitude, o que me fez sentir um ligeiro mal estar na primeira noite. (dor de cabeça e enjôo), mesmo tendo ascendido progressivamente ( Santa Cruz = 400m, Samaipata = 1.899 m, Sucre = 2.500 m e Potosi = 4.000m).

Fizemos 2 importantes passeios nessa cidade. O primeiro foi ao Cerro Rico, a mais importante mina de prata descorberta (tomada) pelos espanmhóis.

Contratamos uma visita guiada sem incluir o interior dos túneis. Faz parte da tradição da visita uma parada na feira das mulheres, locvalizada no início da subida ao Cerro Rico, para comprarmos presentes para os mineiros.

Comprando folha de coca, item muito consumido pelos

mineiros, os mantem "acesos", eliminam a sensação

de fome e melhoram a capacidade respiratória, segundo

a guia.

Pasmem, também, compramos livremente um coquetel muito

apreciado pelos mineiros: DINAMITE, pavio e mais um item

químico (esqueci) para incrementar a explosão.

A vendedora de dinamite, folha de coca, álcool, refrigerante, capim pegando fogo, etc

De acordo com a guia, a exploração da mina é realizada por famílias organizadas em cooperativas. O resultado prático é encontrarmos crianças e jovens fora da escola, assim como mulheres e anciões na labuta de mais de 10 horas de trabalhos em local insalubre. Muito triste foi encontrarmos uma senhora que nos disse ter 81 anos (aparentava essa idade) na árdua tarefa de separar pedras por grau de valor.

A entrada na área de produção

Vendedora de pedras

Preparando-se para entregar o material adquirido na feira das mulheres

O semblante em conformidade com ambiente

Planta de beneficiamento desativada na década de 80 com

a queda de preços no mercado mundial e a exaustão da mina,

de acordo com a Guia, 20.000 pessoas foram afetadas

Montanha de "basura" derivada da atividade mineira

Mineiros

Divindade adorada pelos mineiros.

Há um detalhe

A segunda visita foi à Casa da Moeda, uma instituição criada pelos espanhóis e que produziu moeda e papel até a metade do século passado. Hoje um dos principais museus da Bolívia.

Locomotiva a vapor